3 invenções ‘diferentonas’ que foram fracasso em vendas

Eletrodomésticos, produtos de cozinha e cosméticos estão entre a lista de produtos que não fizeram sucesso.

Muitas ideias são desenvolvidas e colocadas em prática visando sucesso no mercado, mas algumas não conseguem conquistar os consumidores, e se tornam verdadeiros fracassos em vendas.

A partir de pesquisa realizada pela designer Clara Almeida, da Universidade Federal de Alagoas, a Mercatus separou três produtos que ousaram na proposta, mas não fizeram sucesso entre o público consumidor.

TV 3D

As TVs 3D até causaram um certo entusiasmo quando foram lançadas, principalmente pelas promessas magníficas da “imagem saltando aos seus olhos”, mas a tecnologia não vingou.

Algumas pessoas animaram-se com a possibilidade de ter em casa a invenção das três dimensões, mas, para funcionar, teria que utilizar óculos desconfortáveis e desajeitados e era preciso haver conteúdo produzido em 3D.

O pouco conteúdo era, em sua maioria, apenas adaptação do 2D e não representava nada que compensasse a aquisição do produto.

Há dois formatos da tecnologia: o 3D passivo, utilizando óculos de papel mais simples, com lentes de cores diferentes; e o 3D ativo, com óculos movidos a bateria fazendo em tempo real o trabalho de bloquear uma lente por vez em sincronia com a TV, gerando a ilusão. 

Fabricantes como a Toshiba pesquisaram por anos como fazer uma TV 3D sem óculos e que funcionasse bem, mas todos os modelos tinham problemas e exigiam que o espectador não se movesse para não estragar a experiência.

Ademais, nem todo conteúdo exibido na tela vira 3D. Era preciso ter sido filmado em 3D ou convertido para ter esse efeito, e alguns ficam muito melhores do que outros.

Segundo dados da empresa americana especialista em pesquisa de mercado NDP Group, de 2012 até 2016, o interesse das pessoas por essa tecnologia só diminuiu, e as vendas dos aparelhos representaram apenas 8% do total das TVs que foram comercializadas no período.

A morte da invenção foi decretada em 2017, quando a Samsung, a LG e a Sony anunciaram que encerraram de vez a produção das TVs 3D, isso fez com que as marcas de televisores passassem a investir em outras tecnologias, como a resolução 4K, por exemplo.

Juicero

Fundada em 2013, a Juicero buscava inovar na forma de produzir sucos orgânicos, porém seu sistema levou a venda do produto a ser um grande fracasso. A máquina, com conexão Wi-Fi, espremia pacotes próprios de frutas e legumes picados para fazer suco.

Para isso, o usuário deveria inserir o pacote dentro da Juicero que iria ler um QR code na embalagem e conferir na internet. Depois, ela aplicaria quatro toneladas de força para fazer um copo de suco.

O primeiro problema identificado pelos críticos e usuários foi que o suco poderia ser produzido sem a máquina e em menos tempo utilizando apenas as mãos para espremer os sacos, inutilizando o produto que custava em torno de U$400.

Outro problema identificado foi o de custo benefício. Enquanto um pacote para a Juicero custava entre U$5 e U$8 para produzir apenas um copo de suco, outros sucos orgânicos custavam em torno de U$3. Além disso, só era possível adquirir os pacotes quem fosse dono de uma Juicero, através de um sistema de assinatura.

A invenção que prometia ser promissora virou um dos maiores fracassos na área da Internet das Coisas e um exemplo da “estupidez do Vale do Silício”. O fiasco está ligado ao grande investimento inicial, afinal, com um preço tão alto era esperado que fosse revolucionário e não substituível pelas mãos do próprio consumidor.

Como resultado, a empresa acabou comprando o produto dos consumidores insatisfeitos e suspendendo as vendas do espremedor e dos pacotes em 2017.

Hidratante labial da Cheetos

Seja de menta, morango ou tutti-fruti, os sabores e cheiros dos hidratantes labiais fazem sucesso. Porém, nem todo sabor popular pode se tornar um sucesso de vendas, e essa foi uma lição aprendida pela empresa Frito-Lay, em 2005, com o lançamento do Lipbalm (hidratante labial) sabor Cheetos.

A proposta consistia em um hidratante labial de cor laranja, com sabor e cheiro do cheetos de queijo, com objetivo de agradar os amantes dos famosos salgadinhos. O produto era feito com ingredientes naturais, incluindo óleo de coco, cera de abelha e óleos essenciais de laranja e limão. Também era sem glúten, adequado para veganos e possuía 2 sabores.

A empresa pensou que a ideia fosse genial, porém não previram que praticamente ninguém queria estar com seus lábios com o cheiro de cheetos. Os consumidores alegaram principalmente que, embora gostassem de consumir os salgadinhos, não apreciavam o cheiro do produto.

A falta de demanda fez com que o produto logo saísse das prateleiras e gerasse feedbacks negativos comentados na internet até os dia atuais.

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Estagiário de Jornalismo.

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