De acordo com a All Tax, apenas uma pequena fatia das empresas está preparada para a reforma tributária que começam em 2026
Texto por: Thiago Lira, economista
Em 2025, um levantamento da All Tax revelou algo que deveria incomodar e preocupar empresários e quem lida com contabilidade, finanças e estratégia: apenas 9,5% das empresas brasileiras afirmam estar totalmente preparadas para encarar a reforma tributária. Mesmo entre profissionais das empresas, somente 13,5% acreditam que suas organizações têm estrutura adequada para a transição.
Enquanto isso, mais de 40% das empresas afirmam já estar em algum estágio de adaptação ou buscando novas soluções tecnológicas. Contudo, há um contingente preocupante: aproimadamente 10% das empresas ainda não iniciaram nenhum plano de adequação. Outro aspecto crítico: a adoção de ferramentas que automatizam aplicação de regras fiscais é mínima – apenas 14% das empresas relatam utilizá-las.
Quando falamos de fornecedores de tecnologia fiscal, 48,3% das empresas planejam manter os atuais, mas 41,4% já buscam parceiros novos ou soluções mais modernas para enfrentar os impactos da reforma.
Esses dados deixam claro que não se trata de simples descuido: é risco estratégico. As empresas que já se enquadram entre os 9,5% agiram cedo – fizeram diagnóstico, investiram em tecnologia, estrutura e cultura. As outras correm atrás, sendo reativas ao inves de proativas.
Entrar em 2026 sem processos fiscais bem ajustados, sem automação e sem governança tributária é a receita certa para dor de cabeça: autuações, retrabalhos contábeis, desequilíbrios financeiros e perda de competitividade.
A lição é simples: adiar ação é aceitar operar em modo “apagando incêndios”. Quem começa hoje atrai vantagem e minimiza riscos.
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