Valor aprovado pelo Congresso Nacional na última sexta-feira (22) é quase 5% menor que o repassado em 2023.
Durante a última sessão do ano, ocorrida na sexta-feira (22), o Congresso Nacional aprovou o Orçamento da União para 2024, que prevê receitas e despesas de R$ 5,5 trilhões. O texto segue para sanção presidencial. Entretanto, universidades federais criticaram o valor que será repassado para as instituições: R$ 5,9 bilhões, um montante quase 5% menor que o repassado em 2023, que foi de R$ 6,2 bilhões.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que reúne todas as 69 universidades federais e dois centros de educação tecnológica, emitiu um comunicado nesta terça-feira (26) em que demonstra indignação com o valor a ser repassado em 2024.
No texto, a Andifes explica que reduções nos repasses às universidades federais vêm ocorrendo há anos, ao mesmo tempo em que houve aumento no número de instituições de ensino, número de vagas e de cursos de graduação e pós-graduação, o que tornaria o funcionamento do serviço cada vez mais insustentável.
“Além de formarem pessoas com excelência reconhecida nacional e internacionalmente, as universidades federais realizam a maior parte da pesquisa do país e têm ampliado cada vez mais a sua atuação na sociedade, como presenciado durante a pandemia de covid-19 e nas diversas ações diretas para a melhoria da vida da população brasileira”, ressaltou a nota.
O objetivo das instituições de ensino agora é recompor o orçamento do próximo ano. De acordo com a Associação, “após estudos técnicos que consideram a difícil situação econômica do país, reafirmamos a necessidade de acréscimo de, no mínimo, R$ 2,5 bilhões no orçamento do Tesouro aprovado pelo Congresso Nacional para o funcionamento das universidades federais em 2024”, destacou a Andifes.
Entre outras despesas, os recursos serviriam para custear água, luz, limpeza, vigilância, além de garantir bolsas e auxílios aos estudantes.
Até o momento, não foram divulgadas intenções do Congresso Nacional ou do governo federal para recompor o orçamento das universidades federais.
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