Falta de gestão financeira ameaça a sobrevivência de pequenos negócios no Agreste

Imagem: Kaboompics/Pexels

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Região lidera a abertura de empresas em Pernambuco, mas enfrenta altos índices de fechamento por falhas no controle financeiro e na profissionalização da gestão.

Texto por: Thiago Lira, Economista e especialista em Gestão financeira empresarial.

O Agreste Pernambucano tem se consolidado como um dos principais polos de empreendedorismo do Norte e Nordeste, impulsionado por eventos como São João de Caruaru, Festival de inverno de Garanhuns, Festival do Jeans de Toritama, Paixão de Cristo de Nova Jerusalém e pela força do comércio regional. No entanto, por trás de todo esse dinamismo e da criatividade que movem milhares de pequenos negócios, existe um desafio silencioso: a gestão financeira. Em um cenário onde abrir empresas se tornou mais rápido do que nunca, ter sucesso e longevidade nos negócios exige mais do que boas ideias — exige controle, planejamento e estratégia.

O Custo do descontrole financeiro para sua empresa

No Agreste Pernambucano, o empreendedorismo ainda pulsa forte. Em cidades como Caruaru, Garanhuns, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe há uma liderança na criação de novos negócios, especialmente nos setores de comércio e serviços. Até abril de 2025, as principais cidades do Agreste registaram a abertura de 5.400 novos negócios.

Embora os números possam parecer animadores, a realidade pede uma atenção mais cuidadosa: cerca de 2.800 mil empresas encerraram suas atividades no mesmo período. E o principal motivo? A falta de gestão financeira. Segundo o SEBRAE e o IBGE, entre 20% e 30% das empresas fecham nos dois primeiros anos, sendo a má gestão financeira uma das principais causas.

As empresas nascem com boas ideias, mas sem nenhum planejamento. Inexiste controle de caixa, reservas emergenciais ou sequer um orçamento básico. Essa falta de gestão financeira transforma os desafios do empreendedorismo em crises fatais.

No Agreste Pernambucano, onde o dinamismo econômico é evidente, a longevidade dos negócios depende cada vez mais da profissionalização da gestão. Ter um bom produto ou serviço já não é suficiente. É preciso entender e gerenciar os custos, margens, tributos e, principalmente, tomar decisões baseadas em dados e não mais em achismos.

Empresários que tem uma visão de investimento em educação financeira, consultorias e ferramentas de controle têm maiores chances de prosperar. Sobreviver no mercado atualmente não é sorte — é estratégia. E a estratégia para uma longevidade empresarial começa pelas finanças.

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