Correios desistem de greve na véspera da Black Friday

Com normalidade, estatal vê expectativa de aumento de 8,18% no volume de postagens na data de compras, em comparação a 2022

Os trabalhadores dos Correios em Bauru (SP), Rio de Janeiro e Maranhão, representados pela Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios, decidiram aceitar a proposta enviada pela empresa e recuar da greve cujo início estava previsto para essa quinta-feira (23).

A paralisação por tempo indeterminado, aprovada em assembleia na tarde de quarta-feira, aconteceria às vésperas da Black Friday em reação ao Acordo Coletivo da Categoria, uma vez que, entre outros pontos, não houve o acréscimo de R$ 250 ao salário dos trabalhadores.

Mais cedo, a empresa divulgou nota em que disse estar preparada para garantir a normalidade dos serviços durante a Black Friday, caso as assembleias decidissem pela paralisação.

Ainda de acordo com os Correios, há uma expectativa de aumento de 8,18% no volume de postagens na Black Friday, em comparação a 2022. Para isso, a empresa promete desconto no envio das encomendas e entrega até as 23h em 28 cidades espalhadas pelo Brasil.

Expectativas do comércio

A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) projeta alta de 17% em relação à Black Friday do ano passado, enquanto a Neotrust estima alta de 12,6%. Já a Confederação Nacional do Comércio (CNC) trabalha com crescimento de 4,3% nas vendas, em tom bem mais cauteloso.

A expectativa é de que o comércio eletrônico seja protagonista da Black Friday no Brasil. De acordo com o banco Citi, a Shein tem intenção de compra de 19%, seguida por Amazon (18%) e Mercado Livre (16%). Levantamento da NielsenIQ também identificou o destaque das plataformas de e-commerce. A Amazon foi mencionada por 33% dos consumidores, seguida por Magazine Luiza (16%) e Mercado Livre (12%).

De acordo com pesquisa da Olist, cerca de 63,3% dos lojistas pretendem vender na Black Friday, sendo que 55,3% destes apontaram como prioridade aumentar o faturamento no período. Outros 16,9% pretendem aumentar o número de pedidos, enquanto 16,2% têm o objetivo de girar o estoque. O levantamento foi realizado entre 22 e 30 de junho, com 1,6 mil empreendedores e clientes por meio de formulário disponível em site e redes sociais.

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