Inflação desacelera em outubro e Recife registra uma das menores altas do país

Imagem: Matheus Cenali

Imagem: Matheus Cenali

Índice de preços da Região Metropolitana do Recife avança apenas 0,17% e ajuda a situar Pernambuco no cenário nacional.

A inflação mensal na Região Metropolitana do Recife (RMR) registrou uma alta de apenas 0,17% em outubro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa taxa coloca o Grande Recife entre as regiões com menor variação de preços no país. O resultado também representa uma desaceleração frente aos 0,56% registrados em setembro — sugerindo que, no estágio atual, os aumentos de preços estão sendo contidos, embora certos setores sigam sob pressão.

O que está por trás dos números

Embora a alta geral seja baixa, o panorama revela nuances importantes. Apesar da queda da inflação média, alguns grupos ainda puxaram os preços para cima. Por exemplo, Transporte registrou alta de 0,86% em outubro na RMR — bem acima da média nacional de 0,11% — refletindo pressão por combustíveis, tarifas ou deslocamentos urbanos. O Vestuário também avançou 0,70% no mês, acima dos 0,51% nacionais. Já os grupos Habitação (-0,40%), Artigos de residência (-0,69%) e Comunicação (-0,49%) mostraram deflação, ajudando a segurar o índice geral.

No acumulado de 2025, a inflação na RMR soma 3,84%, o que a posiciona como uma das regiões mais estáveis do país até o momento. Essa trajetória favorece Pernambuco porque possibilita maior previsibilidade aos consumidores e empresas locais, embora a persistência de pressões em setores específicos exija atenção.

Vale lembrar que, no âmbito nacional, o IPCA ficou em 0,09% em outubro, com acumulado de 4,68% em 12 meses — cenário que mostra como a região pernambucana se aproxima da média, mas ainda vive realidades próprias que exigem monitoramento local.

Por que isso importa para Pernambuco

Ter uma inflação mensal relativamente baixa traz impactos concretos para Pernambuco: famílias veem menor erosão no poder de compra; empresas — em especial as de varejo e serviços — ganham espaço para planejar com mais clareza; e o mercado local fica mais atrativo para investimentos. No entanto, a presença de aumentos em transporte e vestuário indica que nem todos os segmentos se beneficiam igualmente. Em resumo, o contexto atual dá fôlego para a economia da região, mas exige que agentes econômicos e consumidores se mantenham alertas às variadas dinâmicas setoriais.

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