8 de março: conheça mulheres que fizeram história no Brasil e no mundo

(Foto: Natalia Misintseva)

(Foto: Natalia Misintseva)

Mulheres ativistas, revolucionárias, premiadas e reconhecidas mundialmente estão na lista.

O dia 8 de março é marcado, internacionalmente, como o dia da mulher. Essa data foi escolhida para representar a luta das mulheres por direitos devido a um evento que aconteceu em 8 de março de 1917: um grupo de operárias russas saiu às ruas para protestar contra a fome e contra a Primeira Guerra Mundial. Elas foram fortemente repreendidas e o episódio acabou dando início à Revolução Russa.

Como forma de homenagear o dia internacional da mulher, a Mercatus separou uma lista de mulheres que fizeram história, no Brasil e no mundo:

Maria da Penha

A Lei Maria da Penha, que protege mulheres vítimas de agressão e violência doméstica, já é bastante conhecida. Mas, o que muitos podem não saber, é que por trás do nome dado a esta lei, existe a história de uma mulher brasileira.

Maria da Penha Maia Fernandes lutou durante quase 20 anos para que o homem que a agrediu fosse punido, depois de passar seis anos sofrendo agressões e quase ser assassinada pelo ex-marido, que a deixou paraplégica em uma das tentativas. Durante o processo, Maria escreveu o livro “Sobrevivi… posso contar”, em 1994.

Foi um período de grande esforço e luta para que a lei que leva o nome da enfermeira fosse reconhecida e entrasse em vigor, em 2006. Além dessa conquista, ela fundou o Instituto Maria da Penha em 2009 e passou a auxiliar vítimas de violência doméstica, contribuindo também para a aplicação integral da lei.

Malala Yousafzai 

O nome de Malala passou a ser conhecido mundialmente quando, aos 15 anos, foi baleada por um militante Talibã, devido à luta ativa que travava pela educação das mulheres e meninas no Paquistão. Um acontecimento muito forte e marcante, para uma menina tão jovem. Aos 17 anos, foi reconhecida, se tornando a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio Nobel da Paz (2014).

Hoje, aos 26 anos, a jovem segue defendendo o direito ao estudo e criou uma fundação que apoia a educação das mulheres. Malala também se formou na Universidade de Oxford, nas áreas de filosofia, política e economia.

Rosa Parks

Rosa Parks nasceu em 1913 no Alabama, ao sul dos Estados Unidos, região onde a segregação racial foi intensa. Em 1955, marcou a história como ativista quando se recusou a ceder o assento a uma pessoa branca em um ônibus.

Na época, as leis de segregação eram rígidas e os ônibus tinham lugares reservados a passageiros brancos. Devido a esta atitude, a ativista foi presa. Isso gerou indignação na população negra e impulsionou grandes protestos que resultaram na anulação das leis de segregação racial.

Marsha P. Johnson

Marsha P. Johnson foi uma mulher trans norte-americana e ativista de grande importância na luta contra a transfobia. A drag queen e travesti teve papel essencial na Rebelião de Stonewall, em 1969, quando a população marginalizada LGBT se revoltava contra a violência policial em Nova York em cima da comunidade gay.

(Foto: Divulgação Netflix)

Ela foi idealizadora da Frente de Libertação Gay e trabalhou na conscientização contra a AIDS, doença que enfrentou por 4 anos. A morte de Marsha ocorreu em 1992 em circunstâncias duvidosas, sendo considerada suicídio. Entretanto, especula-se que foi assassinato.

Frida Kahlo

A pintora mexicana Frida Kahlo é um ícone feminino da história da arte. Teve uma produção intensa, pintando autorretratos e cenas surrealistas com forte identidade latino-americana.

Atualmente, a artista é reconhecida também como um símbolo feminista. Isso porque mesmo não se identificando como tal, teve uma postura marcada contra o sistema patriarcal e impôs suas ideias de forma criativa e decidida.

Nise da Silveira

Uma das personalidades brasileiras mais relevantes na psiquiatria foi a médica Nise da Silveira, que desenvolveu métodos inovadores de trabalho com os pacientes, incluindo o processo artístico e um tratamento mais humano e eficaz.

Nise nasceu em Maceió, foi a única mulher da sua turma de faculdade e revolucionou a maneira como a saúde mental é encarada no país. Isso porque, na época, era costume usar recursos invasivos e violentos como eletrochoque, lobotomia (retirada de parte do cérebro) e grande quantidade de remédios.

Dandara

Um dos símbolos femininos de maior força para o movimento negro no Brasil é Dandara. Foi casada com Zumbi dos Palmares e era uma guerreira no período colonial do país. Não há muitos registros sobre sua vida e seus feitos. Entretanto, especula-se que ela conhecia as técnicas de capoeira e que lutou bravamente para defender o quilombo dos Palmares. Ela morreu em 1694 ao cometer suicídio, pois não tolerava retornar à condição de escrava.

Marie Curie

Marie Curie foi uma cientista que fez sucesso, sendo premiada duas vezes com o Prêmio Nobel em diferentes áreas – química e física, assim mudando o curso da história da premiação. Em 1898, ela foi responsável pela descoberta dos elementos químicos rádio e polônio, o que transformou os ramos da ciência, da saúde, entre outros.

O pioneirismo de Marie passou de geração em geração, tanto que as filhas também seguiram os passos dela e do marido Pierre, que também atuava nas ciências. Uma curiosidade é que sua morte aconteceu por conta da própria descoberta, em função da alta exposição à radiação. Entre as suspeitas, estão doenças como, leucemia e anemia aplástica.

Maria Quitéria

Nos tempos da Independência do Brasil, não se pensava na possibilidade de mulheres fazerem parte do exército. Mas, Maria Quitéria enfrentou essa situação, se passou por homem e lutou em 1822.

Era chamada de Soldado Medeiros. Quando descoberta, em vez de ser expulsa e punida, por seu desempenho, Maria Quitéria acabou ficando no exército e passou a ser denominada Cadete Maria Quitéria.

Sua autonomia, independência e destreza a diferenciavam das demais mulheres da sociedade. Apesar da carreira exponencial no exército, após a guerra, Maria Quitéria voltou para a cidade natal e acabou falecendo como uma anônima.

Irmã Dulce

Canonizada como santa brasileira, Irmã Dulce sempre levou uma vida de doação aos menos favorecidos e à religião. Tornou-se oficialmente freira em 1933. Entre suas ações, o destaque vai para o abrigo de pessoas doentes, no ano de 1949, feito em um galinheiro.

Posteriormente, o abrigo se transformou no Hospital Santo Antônio, um dos maiores do Nordeste. Seu compromisso com os mais necessitados a levou a ser chamada de Anjo bom da Bahia. Irmã Dulce é a 37ª santa do Brasil.

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Estagiário de Jornalismo.

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